Posso começar dizendo
que foi uma leitura diferente do que eu imaginava, eu pensei que fosse um romance
com fantasma ou até mesmo um terror, mas não é o que temos aqui, o que temos
aqui está mais para um livro de fantasia, a história em um todo foi
interessante com um final bem diferente do que eu imaginava.
No livro conhecemos
Li Lan, uma garota chinesa sem mãe, cujo o pai é um viciado em ópio e perdeu
quase toda a fortuna da família, e para complementar Li Lan recebe uma proposta
nada mais do que estranha de uma família vizinha rica se tornar a noiva
fantasma de um rapaz que morreu já um tempo, o que de pior poderia acontecer?
No começo do livro
conhecemos um pouco sobre a vida de Li Lan e sua personalidade, no decorrer da história
a personagem recebe essa proposta inesperada em se tornar a noiva fantasma, mas
logo recusa pois é dito que isso é de má sorte, mas Li Lan que pensa em estar
livre dessa proposta logo se vê sendo assombrada pelo noivo fantasma
persistente que invade seus sonhos.
E para piorar ela se
apaixona pelo primo do fantasma, e descobre que ele é o novo herdeiro da família
rica e que ele irá se casar com a noiva do noivo fantasma, ela fica depressiva
por isso e outros motivos e toma um remédio que a faz quase morrer, nesse ponto
o livro começou ser um pouco maçante na minha opinião, pois ela fica entre em o
mundo dos vivos e dos espíritos, um mundo paralelo por assim dizer onde tem demônios
e fantasmas, que onde as almas esperam por ser julgados pelos seus atos em vida
e assim ser punidos ou renascer em uma
nova vida.
Neste ponto acho que
a autora se perdeu um pouco pois ela tentou criar tanto suspense e tanta
investigação e no final se desenrolou tão rápido, e também deixou a mocinha
meio mole, pois ela sempre precisava de ajuda de alguém para se salvar ou
acreditava nos outros fácil demais, ela não foi uma heroína forte como deveria
ter sido, mas tirando isso achei interessante conhecer os elementos do folclore
chinês e mitologia que foram colocados na historias e muito bem descritos além
do que ainda teve um pouco de romancezinho no final com ser místico o que me
fez lembrar de uma filme de animação ‘‘A viagem de chihiro’’ e só isso já valeu
uma estrelinha mais.
Enfim é uma história interessante,
mas não espere muito romance e nem uma mocinha que seja ‘‘a heroína’’, mas leia
é uma história que ira de fazer conhecer um mundo diferente com criaturas
inesperadas.
Sinopse: Certa noite, meu pai
me perguntou se eu gostaria de me tornar uma noiva fantasma...
1893. Li Lan é uma jovem que recebeu educação e cultura, mas que vive sem grandes perspectivas depois da falência de seus pais. Até surgir uma proposta capaz de mudar sua vida para sempre: casar-se com o herdeiro de uma família rica e poderosa. Há apenas um detalhe: seu noivo está morto.
A Noiva Fantasma é o
surpreendente romance de estreia de Yangsze Choo, a escritora de ascendência
oriental que está encantando fãs por todo o mundo.
Por mais fantásticas
que pareçam, as noivas fantasmas ainda resistem até hoje em parte da cultura
asiática. A prática, que chegou a ser banida por Mao Tsé-Tung durante a
Revolução Cultural, foi muito frequente na China e na Malaia (hoje Malásia) no
final do século XIX. O casamento era usado para tranquilizar um espírito inquieto,
e garantir um lar e estabilidade para as mulheres que diziam sim a maridos já
falecidos. É claro que elas tinham um preço alto a pagar, e com Li Lan não
seria diferente.
Evocando obras como
Lugar Nenhum, de Neil Gaiman, essa obra é uma história impressionante sobre o
amor sobrenatural e sobre o amadurecimento, escrita por uma extraordinária nova
voz da ficção contemporânea.
Trecho:
"Minha Amah
raramente fazia elogios e quase sempre encontrava defeitos para apontar, Ma eu
sabia que ela se jogaria sob um carro de bois para me salvar."
"Distraída,
derrubei a máquina sobre a mesa de meu pai, a tinta se espalhando sobre os
jornais em uma mancha negra de mau agouro. A prática de arranjar o casamento de
uma pessoa morta era rara, e costumava ser feita para aplacar um
espírito."
"Quando meu pai
descobriu esses meus terrores infantis, proibiu Amah de me falar sobre
espíritos ou mortos. Superstição era um assunto que o aborrecia, e Amah teve de
concordar, de má vontade. Mas agora eu achava que devia tentar novamente."
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